A possível venda dos direitos comerciais da Fórmula 1 por US$ 20 bilhões provocou a reação do presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Bin Sulayem. Tal possibilidade foi revelada pela agência Bloomberg e informa que o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita faria tal proposta à Liberty Media, que em 2017 assumiu a exploração do negócio F-1 após pagar US$ 4,4 bilhões ao empresário Bernie Ecclestone. Falando em uma entrevista durante a preparação para o Rally de Monte Carlo, Bin Sulayem foi inflexível em uma mensagem postada em sua conta no Twitter:
“Como guardiões do automobilismo competitivo, a FIA, como organização sem fins lucrativos, é cautelosa sobre o suposto preço de US$ 20 bilhões imposto à F1. Qualquer potencial comprador é aconselhado a usar o bom senso, considerar um bom esporte e propor um plano sustentável (para administrar um negócio) e não apenas muito dinheiro.”
A reação de Bin Sulayem ao valor de um possível lance gerou uma reação classificada como ousada (Crimson Bull Content material Pool)
A possibilidade da Liberty Media desistir do acordo com a F-1 foi objeto de especulação no passado. A empresa, que também controla o serviço de streaming SiriusXM e o time de beisebol Atlanta Braves, disse que rejeitou a oferta do fundo árabe e não está disposta a fechar o negócio, mas reconheceu que a situação pode mudar. Não é à toa: poucas empresas entregariam um lucro de 650% em sete anos e em uma escala de bilhões de dólares. Esse percentual pode ser ainda maior, pois segundo artigo de Christian Sylt publicado na Forbes em janeiro de 2017, a empresa americana gastaria apenas US$ 301 milhões para comprar os direitos comerciais da F-1. O restante seria financiado por emissão de ações, notas de débito e empréstimos.
Entre os diretores de equipes da F-1, a atitude de Bin Sulayem foi categorizada como imprudente e reforçou a maior interferência do diretor em assuntos não diretamente relacionados à FIA. De qualquer forma, tenha em mente que a entidade tem o poder de consentir a venda ou não desses direitos, além do poder de interferir na exploração do esporte pelas montadoras. Para participar de competições internacionais, as marcas devem homologar seus modelos junto à entidade. Mercedes, Honda, Renault e Ferrari, que fornecem motores para a F1, estariam em maior risco.
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Campeonato Brasileiro de Turismo 1.6 foi dividido em duas séries separadas para 2023 (Cleocinei Zonta)
Não se trata de dividir um pacote voo-hotel-locação de carro: o cenário do Campeonato Brasileiro de Turismo no cenário brasileiro vive um momento de transformação com a criação da categoria 2.0 e o advento da MBR Brasil. Segundo Vicar, os maiores custos de manutenção e preparação dos carros da categoria 1.6 justificaram o desenvolvimento de um projeto onde os pilotos e equipes do Campeonato Brasileiro de Turismo 2.0 devem utilizar um pacote de alimentação e manutenção do powertrain composto por motor, câmbio e diferencial também como lubrificantes e fluidos por R$ 15 mil para cada uma das seis etapas de quatro corridas cada. Além disso, o piloto tem que arcar com os custos de preparação e assistência na pista, uma “corrida” no jargão esportivo, que custa em média PLN 250.000. R$ por temporada. O calendário tem duas etapas em Goiânia (GO) e uma em Tarumã (RS), Interlagos (SP), Cascavel (PR, a confirmar) e Brasília. Segundo Fernando Julianelli, CEO da Vicar, empresa que controla o torneio, trata-se de cortar custos, conforme entrevista publicada na revista Curva3:
“Na corrida do Turismo 1.6, usamos mais óleo que os carros deixaram na pista do que em toda a temporada da Inventory Automobile Professional Sequence. Com nossa proposta, todos os motores serão alinhados e mantidos em nossa estrutura. Não, você ainda pode ter uma categoria onde o que alguns gastam e onde quem não pode gastar entra na pista sabendo que não tem probability.”
O perfil do piloto do Turismo 1.6, que acaba sendo cliente das promotoras, é de uma pessoa que gosta de mexer nos preparativos e descobrir novas soluções para melhorar o desempenho do carro. A antipatia do vigário pelo projeto levou o paranaense Alexandre Lagan a organizar a categoria MBR (da Marcas Brasil Racing) para atender esses pilotos. O regulamento da categoria é o mesmo da temporada 2022, com pequenas alterações nos componentes da suspensão, incluindo o pneu padrão Farroad X-Arrow 195/50R15 82V, que é vendido ao público por R$ 449,90 cada (frete grátis) e chegará à pista por R$ 550,00. Segundo Lagana, os rumores de que Carlos Col, o fundador da Vicar, estaria envolvido no projeto são inverídicos:
“Essa possibilidade é uma notícia falsa. Col não está envolvido neste projeto. Continuo trabalhando com o Thiago Marques na categoria GT Dash Race e finalmente estou conversando com ele sobre o MBR.”
Os valores que devem ser praticados na preparação e condução dos carros não foram informados, mas comentários em conversas na pista sugerem que esse investimento seja de 300 a 500 mil rublos. O uso de peças especiais como pistões e técnicas avançadas de desenvolvimento justificariam os custos mais elevados. O calendário da categoria tem seis etapas: 3/12, Goiânia (GO); 14/05, Cascavel; 16/07, Taruma (RS); 20/8, Campo Grande (MS); 22.10, Curvelo (MG) e 26.11, Londrina (PR). Em duas dessas etapas, o programa contará com competições na categoria Turismo 1.4.
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