Valência, Espanha: dicas, atrações e atrações – 01/02/2023 – Turismo

A planície de Valência parece interminável. Nascido no Mediterrâneo, espalha-se preguiçosamente por arrozais alagados e laranjais antes de se chocar contra as encostas abruptas que conduzem ao planalto do inside espanhol.

Essa paisagem é pouco explorada pelos turistas que preferem os museus de arte de Madri e as praias de Barcelona. Mesmo assim, é um lugar para incluir no seu roteiro – ou até mesmo uma viagem inteira para conhecer outras Espanhas.

Que seja pelo menos curtindo a paella. A especialidade, típica de Valência, é servida em tachos rasos, onde ingredientes como alcachofras, frango, coelho, camarões, lulas, pimentos e açafrão são devorados ao sol, que aquece mesmo no inverno.

Tal como no resto do país, a história de Valência foi marcada por uma sucessão de impérios, entre os quais o romano e o visigodo. Os árabes chegaram no século VIII e lá permaneceram até as expedições de guerra de Jacó, o Conquistador, no século 13. Entre Alzira e Algemesí ainda existe um monumento comemorativo do native de sua morte.

Muito se fala da presença árabe na Andaluzia, mas talvez seja ainda mais evidente em Valência. Foram os árabes que desenharam os canais que ainda hoje irrigam as laranjas que esta região exporta para todo o mundo. Os valencianos chamam seus canais de “sequia”, que vem do termo árabe “saqiya”.

Toponímia também fala árabe valenciano. Basta olhar para o mapa. Afinal, os nomes de lugares como Albufera, Algemesí, Alzira, Benifaió e Cullera são árabes.

A melhor base para tal viagem é a cidade de Valência, que leva o nome da região. De lá, você pode dirigir até os pontos turísticos e retornar a tempo para o almoço. Os hotéis no centro são convenientes devido à proximidade dos pontos turísticos.

A Catedral de Valência é uma de suas principais atrações. Foi consagrada no século XIII sobre vestígios visigóticos e islâmicos, combinando elementos românicos, góticos e barrocos. A sua torre – Micalet – é encantadora por si só, contrastando com o céu azul. Lonja também merece uma visita. Construído no século XV em estilo gótico, este mercado period o centro do comércio de seda pelo qual Valência já foi famosa.

Existem duas bebidas típicas para experimentar entre os intervalos das caminhadas. A primeira é a horchata que Gal Costa cantou em “Vaca Profana”. É o leite extraído de uma planta chamada chufa, que é semelhante ao leite de amêndoa. Um lugar típico é a Horchatería Santa Catalina. A segunda é a água de Valência, este é o nome de uma bebida ousada com champanhe, suco de laranja e vodca. Para fazer o que os valencianos fazem, procure o Café de las Horas, decorado com paredes vermelhas e teto azul em forma de estrela.

Mas a Valência típica, imortalizada nos romances de Vicente Blasco Ibáñez (1867-1928), é o sul rural. Um dos melhores pontos da região é Albufera – perfeito para comer paella longe das armadilhas turísticas da capital.

Albufera costumava fazer parte do Mar Mediterrâneo. Foi separado por um braço de terra e perdeu sua salinidade. Hoje, é algo entre uma lagoa e um manguezal, cujas águas são inundadas por pequenos agricultores da região em seus coloridos arrozais.

Nas margens dos canais de Albufera, existem vários restaurantes cujo nome vem do árabe “al-buhayra”, que significa “lagoa”. Na vila de pescadores de El Palmar, as melhores opções são Arrocería Maribel e Bon Aire. A reserva antecipada é necessária, pois leva cerca de uma hora para preparar; ou espere no native tomando um copo de vermute e mordiscando as famosas azeitonas espanholas.

Claro, você não precisa comer paella. Um prato típico deste lago é o all i pebre (“alho e páprica”). Mas o nome é enganoso para o visitante. O prato é na verdade feito de enguia e batata, e alho e pimenta aparecem no molho.

Há um passeio de barco pelo pântano por 5 euros (quase R$ 30). Elevando-se nos canais da Albufera, entre as garças, a planície de Valência não só parece interminável, mas também silenciosa. O barco passa por casas típicas da região conhecidas como “barracas”, título do livro de Ibáñez (“La Barraca”).

Não muito longe da capital, Valência, encontra-se também o impressionante Castelo de Xàtiva. É uma fortaleza que remonta ao antigo passado ibérico. Diz-se que foi lá que o cartaginês Aníbal planejou conquistar algumas cidades romanas. Foi também a base árabe e cristã onde se travaram as batalhas que moldaram a identidade de Valência. Como o castelo fica no topo da montanha, é preciso caminhar um pouco. Não existem opções viáveis ​​para pessoas com mobilidade reduzida.

A identidade valenciana também deve muito ao mosteiro de Santa María de la Valldigna, fundado em 1298 a mando de Jaime, o Conquistador, que escolheu o vale como símbolo do progresso cristão. O rei assim uniu Valência ao catolicismo fervoroso. As ruínas estão rodeadas por laranjeiras.

Enquanto a reportagem passava pelo convento, por volta da virada do ano, um grupo de jovens valencianas utilizou as ruínas para uma sessão de fotos. Eles vestiram os trajes típicos de Fallas, principal evento da região em homenagem a São José.

As Fallas são comemoradas em março com a construção de monumentos feitos de papelão, madeira e isopor, queimados em rituais carnavalescos para catarse pública.

como chegar Valência

Existe um aeroporto em Valência com ligações a cidades europeias. De carro, partindo de Madri, a viagem dura 4 horas. De trem são 2 horas

Onde comer paella em Albufera

Arroceria Maribel
Carrer de Francisco Monleon, 5

restaurante bon aire
Carrer de Cabdet, 41

Passeios perto da cidade

Castelo Xàtiva
Entrada por 6 euros (33 R$)

Mosteiro Actual de Santa Maria de la Valldigna
Entrada livre.

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