Whey Protein não é apenas para fisiculturistas; veja quem pode se beneficiar

Whey protein (whey protein) tem se popularizado como um aliado de quem treina forte para ganho muscular: a hipertrofia muscular. O suplemento contém todos os aminoácidos essenciais, inclusive os que não são produzidos pelo nosso organismo, compostos que contribuem para a recuperação e construção da massa muscular, e também estão envolvidos em diversas funções do nosso organismo. E, graças a esse alto valor biológico, o produto vai muito além da academia.

As proteínas são nutrientes essenciais para o funcionamento do nosso corpo. Esses macronutrientes, juntamente com carboidratos e gorduras, desempenham um papel em uma variedade de processos fisiológicos, seja na síntese de enzimas, hormônios, células do sistema imunológico ou na construção de tecidos como cartilagem e músculo.

Ao contrário dos carboidratos e gorduras, que nosso corpo é capaz de armazenar, as proteínas não possuem reservas em nosso organismo. Ou seja, uma refeição completa em churrascaria não vale uma semana: é preciso ingerir fontes de proteína diariamente e em quantidades adequadas.

Em média, adultos sedentários precisam comer entre 0,8 e 1 grama de proteína por quilo de peso corporal por dia. Ou seja, algo equivalente a um ou dois bifes de boi para um homem de 60 kg durante o dia – porção que pode se tornar um problema na rotina, principalmente para quem tem restrições alimentares.

Dos veganos aos idosos, dos hospitais às casas de quem quer praticidade no dia a dia, explicamos quem pode se beneficiar do whey protein.

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Vegetarianos e veganos

  • Vegetarianos que não comem carne e peixe podem ser aconselhados a usar proteína de soro de leite quando a necessidade diária de proteína não for atendida por outras fontes além da carne, como ovos, leite e cereais.
  • Já uma dieta vegana que limita a alimentação apenas a vegetais pode se tornar um desafio ainda maior. As proteínas vegetais são chamadas de incompletas, de baixo valor biológico, pois não contêm todos os aminoácidos essenciais e têm alta taxa de assimilação – o que não significa que seja impossível suprir a necessidade de proteína com plantas, mas torna a dieta mais complexo. Em vez de uma variedade de grãos, folhas e vegetais em grandes porções, um suplemento de proteína vegana pode ajudar a equilibrar os nutrientes.
Mulher com alergia ao leite - iStock - iStock
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Alergia e seletividade gustativa

  • Por exemplo, um suplemento isolado de proteína de ervilha ou arroz pode ajudar a atender às suas necessidades de proteína. Este produto também pode ser recomendado para pessoas com alergia à proteína do leite e intolerância à lactose que têm uma baixa ingestão de proteínas.
  • Em casos de outras alergias alimentares que também impossibilitam o consumo de fontes proteicas, como a alergia ao ovo, o whey protein pode ser uma boa alternativa. O mesmo vale para quem, pela preferência por sabores e texturas, tem o paladar mais austero, a ponto de limitar o cardápio.
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terceira idade

  • Com a idade, a presença de proteínas no estado atual exige mais controle sobre a nutrição, pois devido ao envelhecimento do corpo, a capacidade de digerir e absorver aminoácidos diminui.
  • A recomendação média de ingestão de proteína para adultos mais velhos é maior do que para adultos, de 1,2 a 1,5 gramas por quilo de peso corporal.
  • Um dos problemas nesse caso está relacionado à sarcopenia, condição conhecida pela perda de massa muscular, que leva a maior fragilidade e menor força física e, consequentemente, menor mobilidade e qualidade de vida. A baixa ingestão de proteínas agrava essa condição devido ao papel elementary das proteínas na construção muscular.
  • Nesse caso, o suplemento proteico atua como uma medida preventiva: além de fornecer um suprimento supreme de proteínas alfa-globulinas e beta-globulinas de fácil digestão, atua na manutenção da musculatura e da força muscular.
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Menopausa, câncer e outras doenças

  • Mesmo antes da velhice, mudanças fisiológicas no corpo podem causar perda muscular; entre eles a menopausa. A diminuição dos níveis de hormônios sexuais nas mulheres leva à perda muscular, que também pode ser evitada com suplementos de proteína.
  • Há também um caso de redução da massa muscular com progressão do câncer, condição conhecida como caquexia, também associada à AIDS, insuficiência cardíaca ou doença pulmonar obstrutiva crônica progressiva, DPOC.
  • Todas essas patologias são caracterizadas por hipermetabolismo, ou seja, levam a um alto gasto energético com possibilidade de utilização dos músculos como fonte de energia, além da falta de apetite (falta de vontade de comer), o que piora o prognóstico da doença .
  • Como forma de prevenir a perda de peso, perda de tecido musculoesquelético e diminuição da força física, é indicado o uso do whey protein.
  • O suplemento também é utilizado na alimentação de pacientes internados em UTI (unidades de terapia intensiva) e no pós-operatório. Um exemplo é a dieta de pessoas que passaram por cirurgia bariátrica. Por atuar diretamente nos órgãos responsáveis ​​pela captação dos aminoácidos, recomenda-se aumentar a disponibilidade dos mesmos na dieta. Nesses casos, são liberados suplementos de proteína hidrolisada, oferecendo aminoácidos já digeridos, facilitando a digestão.
  • Até agora, existem situações hospitalares em que o paciente não consegue se alimentar normalmente e passa a tomar suplementos nutricionais por sonda nasogástrica.
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Diabetes, hipertensão e imunidade

  • Os diabéticos reduzem a ingestão de alimentos ricos em carboidratos e os hipertensos optam por porções menores de sódio. O soro pode ser útil em ambos os casos. Pesquisas iniciais associaram o whey protein à redução da pressão arterial, pois seu consumo pode estimular a produção de hormônios com função anti-hipertensiva.
  • O enriquecimento da dieta com aminoácidos também é utilizado para acelerar a cicatrização de feridas e lesões, já que as proteínas estão envolvidas na formação de novos vasos sanguíneos e na síntese de colágeno e fibroblastos, estruturas que compõem o tecido conjuntivo.

É prático, mas não exagere.

Outra vantagem do whey protein é a praticidade de consumo e facilidade de fracionamento das porções. Como nosso corpo não é tão eficiente em absorver grandes porções de proteína de uma só vez, a forma de otimizar a digestão e garantir o abastecimento é consumir fontes de proteína ao longo do dia. E talvez seja mais fácil levar um pó em uma garrafa para o trabalho, por exemplo, do que uma lancheira com ovos e ervilhas.

No entanto, especialistas entrevistados destacam que os suplementos devem ser indicados e acompanhados por um profissional nutricionista por meio de uma avaliação que indique de fato a necessidade do uso dessa alternativa – e de forma a equilibrar os demais nutrientes.

Ainda controverso na literatura, o excesso de proteínas pode sobrecarregar os rins e o fígado. Recomenda-se que, sempre que possível, as necessidades nutricionais sejam atendidas com alimentos in natura ou minimamente processados, mais baratos e ricos nutricionalmente.

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Fontes: Gabriel Silveira Franco.MD USP (Universidade de São Paulo) e Professora de Nutrição do Centro Universitário Barão de Mauá; Neusa Lygia Vilarim PereiraDoutora em Ciências da Nutrição UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e Professora de Dietética da Faculdade de Integração de Sertana em Pernambuco; Oyatagan LevyDoutora em Nutrição UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e Professora de Nutrição UFAC (Universidade Federal do Acre).

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